segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma Estranha Opinião


"Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á"
(Marcos 8:35).

Uma mulher jovem, desejosa de viver a vida, me descreve sua concepção de existência: “É claro que Deus existe, mas não é um desmancha-prazer como algumas pessoas pensam”. Ela acha que Deus não pode estar contra os que vivem a vida, desfrutando dos prazeres deste mundo. Gosta de ler literatura cristã, contanto que a linguagem seja cativante e envolvente. Além disso, para ela, Jesus Cristo é um dos personagens mais fascinantes da história universal. 

 No entanto, a opinião dessa mulher não é aprovada por Jesus Cristo. Se vivesse quando Ele esteve aqui, ela seria parte da multidão de pessoas que o seguiam, impressionadas por Suas palavras, Seus atos, Seus milagres. 

E,certa vez, quando uma multidão O rodeava, o Senhor Jesus falou algo que ofendeu quase todos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo… Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida (ou seja, fazer o que bem quiser, ser seu próprio senhor, seguir o próprio coração), perdê-la-á” (Lucas 9:23-24). 

Seguir ao Senhor Jesus somente na aparência não conduz à vida eterna. Não se pode viver como cristão e, ao mesmo tempo, como alguém que pertence a este mundo inimigo de Cristo. Apenas uma verdadeira conversão nos torna aptos para entrar no céu e nos dá forças para honrá-Lo nesta vida. 

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Instinto Admirável

"Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus"

(1 Pedro 5:6).


Um crente chileno nos escreve: “Tenho em minha memória uma antiga experiência que meu avô me contou quando eu era menino.

Ele era um homem do campo. Entre os animais que possuía havia um potro que jamais se deixara domesticar. Este, pois, fugiu para as montanhas, longe da fazenda, conservando as características de um animal selvagem.

Mas certa noite, meu avô ouviu as pisadas de um animal que andava ao redor da casa. Os cachorros latiam muito. Ao levantar, teve uma surpresa: o potro selvagem estava ao alcance de sua mão. Talvez em uma de suas corridas enlouquecidas, alguma farpa tenha entrado em sua pata. Por instinto, procurou a casa de seu dono para obter cuidado e cura.

Para mim, essa experiência real é bela e consoladora, e merece ser comentada. Aquele potro se parece com o homem que vive indiferente a Deus, longe dEle, dando livre curso às suas paixões. Porém chega o dia no qual Deus coloca uma estranha e dolorosa farpa que o obriga, passo a passo, a se humilhar diante dEle, a se arrepender e a crer no Senhor Jesus, o Salvador. Então experimentará como a poderosa e bondosa mão de Deus arranca todo o mal.

Em Seu amor, Deus também pode agir assim com o crente que anda por caminhos que O desonram, para que Seu filho volte a desfrutar da comunhão com o Pai.”

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

domingo, 22 de maio de 2011

Como exemplo


"Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também"
(João 13:13-15).

No Evangelho de João vemos o Senhor Se inclinando duas vezes. Na primeira vez para escrever na terra. O resultado foi o perdão da mulher adúltera (cap. 8). Na segunda, para lavar os pés dos discípulos. Uma vez para trazer perdão a uma pecadora. Outra vez para deixar exemplo aos santos. 

Perceba que o Senhor Jesus não disse que devemos fazer o que Ele fez, mas como Ele fez. O que Ele fez? Ele Se humilhou e serviu outros. Esse é o verdadeiro coração de um servo. Humildade não é pensar pouco sobre si mesmo, é absolutamente não pensar em si. O mundo diz que devemos subir o mais alto que pudermos, não importa em quantas cabeças tenhamos de pisar para chegar onde queremos. Porém, o Senhor Jesus nos ensina aqui que a real grandeza vem de se descer o mais baixo possível para o bem de outros!

É bom lembrarmos que antes do Senhor Jesus começar essa ilustração sobre humildade, os discípulos estavam discutindo entre si quem seria o maior deles. O Senhor Jesus então colocou diante deles e de nós o segredo da genuína grandeza: pensarmos nos outros! Ele sabia que todas as coisas haviam sido entregues em Sua mão. Mas não lutou para conquistar honra e posição elevada para Si mesmo. Essa também não é nossa luta. O que temos de entender é quem somos em Cristo e o que temos por causa dEle (Efésios 1:3; Colossenses 2:10; 1 Coríntios 3:21-23).

O Senhor Jesus nos deu o exemplo para que pratiquemos esse tipo de serviço em prol de outros. E o que significa lavar os pés hoje em dia? Talvez encorajar, aliviar e servir as pessoas. Talvez deixá-las em melhor estado do que antes de nos encontrarmos com elas. Descubra como você pode lavar alguns pés hoje.

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Com DEUS em uma emergência

"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam"
(Salmo 23:4).

O maior desastre marítimo da Europa ocorreu em setembro de 1994, no mar Báltico. Segundo dados oficiais, 852 pessoas morreram quando o navio Estónia afundou. Apenas 139 passageiros foram resgatados. 

Um dos sobreviventes era um jovem crente sueco. Sua cabine estava na parte inferior do barco. Quando este inclinou, o jovem correu para cima. Nas escadas havia muita água. Quando encontrou um colete salva-vidas, pulou no mar. Com dificuldade alcançou um bote e conseguiu subir nele juntamente com outros sobreviventes. Ele orava continuamente e depois de duas horas o pequeno bote foi resgatado por uma embarcação finlandesa. Depois de seu salvamento, o crente declarou: – Falava com Deus a todo momento. Assim me sentia seguro. Se tivesse morrido, estaria com Ele agora.

Em uma entrevista perguntaram se o acidente não havia abalado sua fé em Deus. Ele respondeu que não se podia culpar a Deus por aquela catástrofe e que sua fé em Deus não havia mudado em nada. 

Com esse relato não queremos dizer que os crentes que estão em dificuldades sempre serão resgatados de toda emergência e perigo. Outros crentes também morreram nesse mesmo naufrágio. Por maior que seja o desastre, Deus está com aqueles que pela fé receberam Cristo como Salvador. Ele está com os Seus até na morte. 

Se hoje você também tivesse de encarar a morte face a face, quem estaria ao seu lado?

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Faça como o gerbo

"Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água."
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia"
(Salmos 63:1; 46:1).

O gerbo é um pequeno roedor que, como outros animais do deserto, tem a capacidade de ficar longo tempo sem beber água. Como ele consegue? Ele procura plantas que absorvam maior quantidade de água e as esconde nos túneis subterrâneos. No tempo de seca e no calor do dia, o gerbo fica em sua toca e mata a sede chupando as plantas que recolheu.

O cristão verdadeiro não encontra nada neste mundo capaz de saciar a sede que tem por Deus, por justiça, por verdade e pureza. A Bíblia diz: “Todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19). Como alguém pode sobreviver em um mundo desse? Com os recursos que Deus tem preparado para Seus filhos. Onde tais recursos podem ser achados? Na Bíblia. Os textos bíblicos têm de ser aprendidos de cor e absorvidos, ou seja, aplicados à nossa vida diária. Quando problemas ou dificuldades nos sobrevierem durante o dia, podemos lançar mão das promessas de Deus, como “Não temas” ou “Eis que eu estou convosco todos os dias” (Mateus 28:20), ou ainda “Vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas” (Mateus 6:32).

Quando reconhecermos que fizemos algo errado, lembremos do seguinte versículo: “O que encobre as suas transgressões [ou pecados] nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).

Siga o exemplo do gerbo para sobreviver neste deserto moral que é o mundo. “Escondi a tua palavra no meu coração… Isto é a minha consolação na minha aflição, porque a tua palavra me vivificou” (Salmo 119:11,50).

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Basta ser sincero?

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia."
"Não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus"
(Isaías 64:6; Romanos 3:22-24).

Nos países ocidentais, mais que nunca se prega a tolerância e a condenação do fanatismo. E, à exaustão, é repetida a fórmula: “Todas as religiões valem; o que importa é a sinceridade”. Em parte, isso é correto, pois todas coincidem no sentido de que nenhuma religião pode nos abrir a porta do céu. Não é a doutrina a qual abraçamos, nem o conjunto de práticas religiosas que possamos seguir fielmente, nem uma vida irrepreensível aos olhos dos outros que pode nos salvar.

 No tempo do Senhor Jesus vivia um jovem cujas qualidades morais eram verdadeiramente excepcionais, tendo um comportamento irretocável. Não tinha feito mal a ninguém; podemos dizer o mesmo de nós? Guardava os mandamentos de Deus desde a sua juventude; também guardamos? Contudo, esse jovem inquieto pela salvação de sua alma, perguntou ao Senhor Jesus: “Que farei para herdar a vida eterna?”

Esse jovem, cujo amor por suas riquezas era maior que tudo, se recusou a seguir o Senhor Jesus (Marcos 10:17-27). Sua vida exterior era perfeita, mas escondia um coração idólatra.
O que todos precisamos não é uma boa moral nem uma religião, mas de um Salvador, uma Pessoa: “Cristo Jesus”, que “veio ao mundo, para salvar os pecadores” (1 Timóteo 1:15), pois “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SEXTA-FEIRA 13


"Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez"
(Atos 17:30-32).


Como nos tempos do apóstolo Paulo, hoje também as pessoas zombam quando ouvem falar da ressurreição dos mortos. Não crêem que Jesus Cristo de fato ressuscitou dos mortos, embora admitam a existência dEle como personagem histórico. 

Muitos não crêem no diabo. Dizem que isso é coisa de crianças e fanáticos. E quantos também não crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus!? Em última instância, negam até a existência de Deus.

Mas é incrível no que muitos crêem com toda convicção. Sabe o que é? Que a sexta-feira 13 é um dia de azar, ou que o número 13 é um número que atrai má sorte. E às vezes esses indivíduos que manifestam abertamente suas superstições são os mesmos que zombam do cristianismo e das Escrituras. 

Cada pessoa tem sua filosofia de vida e uma crença em alguma coisa, por vezes bastante irracional. A esses desejamos que creiam no Salvador, Jesus Cristo, sobre quem o apóstolo Pedro escreveu: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade… estando nós com ele no monte santo” (2 Pedro 1:16-18). 

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tesouros na Terra



 

Tesouros na Terra

 

John Piper

A essência da adoração é ter Jesus como infinitamente valioso, acima de todas as coisas. As formas exteriores de adoração são atos que mostram quanto valorizamos a Deus. Portanto, toda a vida tem o propósito de ser adoração, pois Deus afirmou que, comendo, ou bebendo, ou fazendo qualquer outra coisa – toda a vida –, devemos fazer tudo para mostrar quão valiosa é a glória de Deus para nós.
Dinheiro e bens são uma grande parte de nossa vida; por isso, Deus tenciona que eles sejam uma grande parte da adoração. A maneira como adoramos com nosso dinheiro e bens é ganhá-los, e usá-los, e perdê-los de um modo que mostre quanto valorizamos a Jesus, e não o dinheiro.
Lucas 12.33-34 está relacionado ao padrão de como adoramos com nosso dinheiro (e, por implicação, está relacionado ao que fazemos com nosso dinheiro na adoração coletiva, conforme veremos em seguida). “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Com base nesse texto, observe três ensinos importantes sobre o dinheiro.
Primeiro, ter Jesus como nosso maior tesouro transmite um forte impulso à simplicidade, e não à acumulação. Focalize por um momento as palavras “vendei os vossos bens”, no versículo 33. Com quem Jesus estava falando? O versículo 22 nos dá a resposta: “seus discípulos”. Ora, em sua maioria, eles não eram pessoas ricas. Não tinham muitos bens. Mas, apesar disso, Jesus disse: “Vendei os vossos bens”. Ele não disse quantos bens eles deveriam vender.
Conforme mecionado em Lucas 18.22, Jesus disse a um jovem rico: “Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me” (v. 22). Nessa ocasião, Jesus instruiu o homem a vender todas os suas posses.
Quando Zaqueu encontrou-se com Jesus, disse: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (Lc 19.8). Portanto, ele deu 50% de seus bens.
Atos 4.36-37 diz: “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”. Isso significa que Barnabé vendeu pelo menos um campo.
A Bíblia não nos diz quantos bens devemos vender. Então, por que ela nos diz que devemos vendê-los? Dar esmolas – usar o dinheiro para mostrar amor àqueles que não têm o necessário para a vida e não têm o evangelho (a necessidade para a vida eterna) – é tão importante que, se não temos dinheiro à mão, devemos vender algo para que possamos dar.
Agora pense o que isso significa no contexto. Os discípulos não eram pessoas ricas que tinham despesas além de suas condições, cujo dinheiro estava preso em títulos ou investido em imóveis. Muitas dessas pessoas têm, de fato, algumas economias. Mas Jesus não disse: “Usem um pouco do dinheiro de vocês para dar esmolas”. Ele disse: “Vendam algo e dêem esmolas”. Por quê? A suposição é que essas pessoa viviam tão próximas do limite de suas condições, que, não tendo dinheiro para dar, precisavam vender algo para que pudessem dar. Jesus queria que seu povo se movesse em direção à simplicidade, e não à acumulação.
Qual é o ensino? O ensino é que existe na vida cristã um poderoso impulso à simplicidade, e não à acumulação. Esse impulso resulta de valorizarmos a Deus como Pastor, Pai e Rei mais do que valorizamos todos os nossos bens.
E o impulso é poderoso por duas razões. Uma é que Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas (literalmente, aqueles que têm coisas)!” (Lc 18.24). Em Lucas 8.14, Jesus disse que as riquezas sufocam a Palavra de Deus. Contudo, queremos entrar no reino de Deus mais do que desejamos ter coisas. E não queremos que o evangelho seja sufocado em nossas vidas.
A outra razão é esta: queremos que a preciosidade de Deus seja manifestada ao mundo. E Jesus nos diz que vender os bens e dar esmolas é uma maneira de mostrar que Deus é real e precioso como Pastor, Pai e Rei.
Portanto, o primeiro ensino de Lucas 12 é que confiar em Deus como Pastor, Pai e Rei transmite um forte impulso à simplicidade, e não à acumulação. E isso transforma a adoração que procede do íntimo do coração em ações mais visíveis, para a glória de Deus.
Mas há uma segunda lição a aprendermos no versículo 33: o propósito do dinheiro é maximizar nosso tesouro no céu, e não na terra. “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome”. Qual é a conexão entre vender os bens, para atender à necessidade de outros (primeira parte do versículo), e o acumular para si mesmo tesouro no céu (final do versículo)?
A conexão parece ser esta: a maneira como você faz bolsas que não desgastam e ajunta no céu um tesouro inextinguível é por vender seus bens e atender às necessidades dos outros. Em outras palavras, simplificar nossa vida na terra por causa do amor maximiza nosso gozo no céu.
Não entenda de modo errado este ensino radical, pois isto é o que Jesus pensa e fala em todo o tempo. Ter uma mentalidade do céu faz uma diferença radicalmente amorosa neste mundo. As pessoas que estão mais poderosamente convencidas de que o tesouro no céu é o que realmente importa, e não as grandes possessões acumuladas neste mundo, são pessoas que sonharão constantemente com maneiras de simplificar e servir, simplificar e servir, simplificar e servir. Eles darão, e darão, e darão. E, é claro, trabalharão, trabalharão, trabalharão, como Paulo disse em Efésios 4.28: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”.
A conexão com a adoração – na vida e nos domingos – é esta: Jesus nos manda acumular tesouros no céu, ou seja, maximizar nosso gozo em Deus. Ele diz que a maneira como fazemos isso é vendendo e simplificando, por amor aos outros. Assim, ele motiva a simplicidade e o serviço pelo nosso desejo de maximizar nosso gozo em Deus; e isso significa que todo o nosso uso do dinheiro se torna uma manifestação de quanto nos deleitamos em Deus, acima do dinheiro e de todas as coisas. E isso é adoração.
Mas há um terceiro e último ensino em Lucas 12: seu coração se move em direção ao que você ama, e Deus quer que você se mova em direção a ele. “Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (v. 34). Essas palavras são apresentadas como a razão por que devemos buscar tesouros inextinguíveis no céu. Se o seu tesouro estiver no céu, onde Deus está, então ali estará o seu coração.
Ora, o que este versículo aparentemente simples nos diz? Entendo que a palavra tesouro significa “o objeto amado”. E a palavra “coração” entendo que significa “o órgão que ama”. Por isso, leio assim este versículo: “Onde estiver o objeto que você ama, ali estará o órgão que ama”. Se o objeto de seu amor é Deus, que está no céu, o seu coração estará com ele no céu. Você estará com Deus. Todavia, se o objeto de seu amor é o dinheiro e as coisas da terra, o seu coração estará na terra. Você estará na terra, separado de Deus.
Isso é o que Jesus pretendia dizer quando falou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Lc 16.13). Servir ao Deus dinheiro significa amar o dinheiro e seguir todos os benefícios que ele pode oferecer. Nesse caso, o coração segue o dinheiro. Mas servir a Deus implica amá-lo e buscar todos os benefícios que ele pode dar. Nesse caso, o coração segue a Deus.
E isso é adoração: o coração está amando a Deus e buscando-o como o tesouro superior a todos os outros tesouros.
Em conclusão, vamos relacionar esses três ensinos de Lucas 12.33-34 com o ato de adoração coletiva que chamamos de “ofertório”. Este momento e este ato serão adoração para você, não importando a quantidade ofertada – desde a pequena moeda da viúva às grandes quantias dos milionários –, se, ao dar, você disser, de todo o coração: “Primeiro, ó Deus, por meio desse ato, eu confio em ti como meu generoso e dendito Pastor, Pai e Rei, de modo que não temerei quando tiver menos dinheiro para mim mesmo, ao suprir as necessidades dos outros. Segundo, ó Deus, por meio desse ato, eu resisto a incrível pressão de nossa cultura para acumularmos cada vez mais e identifico-me com o impulso para viver em simplicidade por amor aos outros. Terceiro, por meio desse ato, eu acumulo tesouros no céu, e não na terra, para que meu gozo em Deus seja maximizado para sempre. E, quarto, com esta oferta eu declaro que meu tesouro está no céu e meu coração segue a Deus”.


www.editorafiel.com.br
www.ligonier.org





Traduzido por: Wellington Ferreira
Copyright:© Ligonier Ministrie s / Tabletalk Magazine
© Editora FIEL 2011.

Traduzido do original em inglês: Treasures on Earth. Revista Tabletalk, vol. 33, nº 8. Com permissão de Ligonier Ministries.

terça-feira, 10 de maio de 2011

SABER SEM CONHECER

"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus"
(Jó 19:25-26).

A história de Jó nos dá um excelente exemplo de como Deus agia há muito, muito tempo. O que nos surpreende é a segurança com a qual ele pôde fazer as declarações acima. 

“Sei que meu Redentor vive.” Todos deveriam ser capazes de afirmar: “Meu Redentor está vivo!” Por meio das Sagradas Escrituras, os cristãos têm maior conhecimento da redenção que Jó. O Redentor, Jesus Cristo, realizou a obra de expiação dos pecados na cruz. Todos os que crêem nEle e se apoderam pela fé de Sua obra podem afirmar: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:14). E nosso Redentor vive “sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25). Que alegria e segurança isso nos dá!

“Por fim se levantará sobre a terra.” Jó cria que seu Redentor no futuro iria instaurar Seu reinado, provavelmente sem conhecer mais nada sobre isso. O Antigo e o Novo Testamentos nos dão informações mais detalhadas sobre o reinado do Messias (Daniel 7:14). 

“Depois de consumida a minha pele... em minha carne verei a Deus.” Isso comprova que a fé pessoal de Jó ia além do túmulo. Ainda que o corpo mortal se corrompesse, Jó olharia para Deus.  E até o Novo Testamento não havia muitos detalhes sobre a ressurreição de todos os mortos. 

Diferentemente de Jó, nós hoje temos a Palavra de Deus completa e acessível. Se estudarmos a Bíblia, aprenderemos tudo o que Deus deseja nos conceder. 

Extraído do Devocional Boa Semente 2011 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

OS DIREITOS HUMANOS


"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome"
(João 1:12).

Quem não conhece a famosa “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, proclamada pelas Nações Unidas em 1948? Esse documento tinha a intenção de ser universal, ou seja, válido em todas as partes e aplicável a todos os povos. Em seu preâmbulo existe a afirmação de que o “advento de um mundo no qual os seres humanos sejam livres e libertados do terror e da miséria é a mais alta aspiração do homem”. 

Atualmente devemos reconhecer que os direitos humanos não são respeitados nem pelo próprio homem. No entanto, estão sendo relembrados regular e insistentemente. 

Mas será que os nossos contemporâneos sabem que o Criador também reconhece certos direitos de Sua criatura? É óbvio que Ele não lhes deve nada. Porém, em Sua graça, quis que a humanidade fosse feliz. Criou um mundo benevolente onde o ser humano seria preservado do medo e da miséria, onde todos fossem bons de fato e se preocupassem com o próximo. Porém o homem aproveitou sua liberdade para escolher o mal; desde então o mundo tem ido de mal a pior. Então Deus fez algo inimaginável para a humanidade: Se dispôs a reparar o que Sua criatura havia destruído. Enviou Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo e ofereceu gratuitamente Seu perdão e uma nova oportunidade ao homem que tinha se rebelado contra Ele. Leia o Evangelho para descobrir todas as bênçãos que Deus concede “aos que crêem no seu nome”.

Extraído do Devocional Boa Semente 2011 

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe! Parabéns pelo seu dia!!


TEMPO DE GUERRA E TEMPO DE PAZ

"Tudo tem o seu tempo determinado… tempo de guerra, e tempo de paz."
"E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto"
(Eclesiastes 3:1 e 8; Efésios 2:17).


Aconteceu no dia 8 de maio de 1945. O fim da Segunda Guerra Mundial. Minha família estava reunida para o almoço. Segundo seu costume, meu pai fez uma oração. Porém nesse dia o tom de sua voz mudou. Agradeceu a Deus porque a guerra havia terminado e porque nós, as crianças, iríamos escapar daquele pesadelo. Sua voz ficou embargada e ele chorou de emoção. Lembro que reagiu da mesma maneira no começo da guerra. Nessa época eu era muito pequeno, mas as lágrimas de meu pai me avisaram que coisas terríveis estavam por vir…

Porém, por que chorar nesse dia, dia de paz? Depois de um longo silêncio, meu pai disse: “Não olhamos na mesma direção. Vocês, jovens, olham para o futuro: a paz. Então podem se alegrar. Nós, os pais, pensamos em tantos sofrimentos dos anos de guerra… e choramos”. 

Ele explicou que sempre existem duas maneiras de se apreciar um acontecimento: pode-se constatar as terríveis conseqüências dos erros humanos, mas também reconhecer a misericórdia de Deus que permite uma trégua, um alívio, um tempo de reflexão. Além disso, nos dá um tempo de nos voltarmos para Ele e de Lhe servirmos com gratidão. Nosso dever é aproveitar esse tempo de paz, ou, em outras palavras, esse tempo de graça para acertarmos nossa vida com Deus e receber a Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor. Hoje, agora mesmo, é o tempo determinado para isso!

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

TUA GRAÇA ME BASTA


A FÉ É COMO UM RADAR


Porque andamos por fé, e não por vista.
Sem fé é impossível agradar-lhe [a Deus]
(2 Coríntios 5:7; Hebreus 11:6).

Enquanto cruzávamos um largo canal, a névoa era tão espessa que não podíamos ver a água que nos rodeava. Mas o barco seguia firme o seu curso: um radar mostrava ao piloto tudo o que estava no caminho. De fato, na tela se podia distinguir um rastro luminoso que revelava a presença de uma embarcação diante de nós, mas ainda distante. O radar penetrava através da névoa e o fazia visível. 

A fé também é um tipo de radar que revela o invisível através das nuvens das nossas dificuldades.
A fé não discute, simplesmente crê no que Deus disse. Por exemplo, quando se trata da criação do universo, a fé reconhece que os mundos não são resultado da casualidade, mas que foram criados pela Palavra de Deus. Nisso há uma profunda segurança para a fé. Pelo contrário, as numerosas hipóteses que têm sido propostas para excluir o Deus Criador, só oferecem insegurança, pois são contraditórias entre si. Por trás disso está Satanás, que quer induzir o ser humano a desconfiar do Criador e destruir o relacionamento de Suas criaturas com Ele. Desde o jardim do Éden, a maneira satânica de falar é a mesma: “É assim que Deus disse…?” (Gênesis 3:1).

A fé, portanto, não é uma espécie de auto-sugestionamento que se apóia em sentimentos passageiros e instáveis. Primeiramente é a convicção inabalável que Deus existe e, em segundo lugar, de que Ele é verdadeiro no que diz. 

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

NÃO TENHO TEMPO


Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim… E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus
(Marcos 10:46-50).

Quantas vezes você disse ou escutou essa frase? Não tenho tempo! Não tenho tempo de refletir, de ajudar alguém, de entrar em contato com Deus, de ler a Bíblia, de congregar, de pensar nas coisas espirituais…

Será que isso se deve às necessidades e urgências deste mundo? Ou sua mente está ocupada demais com o cotidiano, projetos, sonhos, etc? Fique sabendo que o inimigo de sua alma procura mantê-lo sempre em constante atividade para impedir que você reserve tempo para o que realmente é importante. Quer esteja ou não preparado, um dia você vai morrer. E já pensou como será seu encontro com o Deus todo-poderoso?

Bartimeu, o cego, mendigava na rua quando ouviu o barulho de uma grande multidão que se aproximava. Disseram a ele que era o Senhor Jesus quem passava. Então gritou com todas as forças: “Jesus… tem misericórdia de mim”. Muitos queriam que ele se calasse. Mas ele clamava cada vez mais alto. E o Senhor Jesus parou! Não estava ocupado demais, nem apressado demais… Em meio à Sua imensa tarefa, de esmagadoras necessidades, o Senhor sempre estava e está disposto a ouvir cada um de nós. Ele também quer ter um diálogo com você hoje! Mas… você tem tempo?

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O CAMINHO DE DEUS


Ensina-me, Senhor, o teu caminho
(Salmo 27:11).

Como cristãos, temos de tomar decisões durante nossa vida inteira. Nem sempre é fácil optar por aquilo que sabemos ser o certo. A Bíblia não nos dá uma resposta direta às nossas orações e questionamentos. Contudo, ela nos mostra um padrão correto que nos capacita a testar nossa linha de pensamento.
No versículo de hoje, o salmista pede que Deus lhe mostre Seus caminhos. Deus tem um plano para nossa vida. Não se trata do que parece melhor para nós, mas de que caminho Deus tem em mente. Se estivermos dispostos a submeter nossos projetos à vontade de Deus, Ele irá nos instruir acerca do caminho que está em Seu coração.
O Salmo 37:5 declara: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará”. Podemos trazer voluntariamente tudo o que diz respeito à nossa vida ao Senhor Jesus em oração. Se formos realmente dependentes dEle, aguardaremos Sua resposta. Mas isso requer paciência. Quantas vezes agimos precipitadamente e nos desqualificamos a experimentar a orientação do Senhor!
Deus não revela de antemão todo o caminho que devemos percorrer. Em Sua Palavra Ele nos mostra o próximo passo (Salmo 119:105). Que possamos continuar obedecendo ao longo de todo o percurso que Ele já nos revelou. Só então, em total dependência, Ele nos levará ainda mais além.
Se notarmos que caminhamos segundo nossa própria mente e vontade, e nos desviamos de Deus, sempre há um retorno. Voltemos ao Senhor com arrependimento e confissão. Ele será gracioso, pois permanece fiel a Si mesmo e à Sua justiça. A misericórdia do Senhor é infinita. Basta que não endureçamos o coração!

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

POR QUE A CRUZ?


"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."
"Mas nós pregamos a Cristo crucificado… Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus"
(1 Coríntios 1:18, 23-24).


Por que o Senhor Jesus morreu na cruz, pública e vergonhosamente? Ele não poderia salvar o mundo com mais dignidade e honra? Todos querem ter um Salvador honrado, um mestre aclamado, um glorioso libertador. Os judeus do tempo de Jesus também queriam um Messias assim, mas Jesus não correspondeu a nenhuma dessas expectativas. Como Filho de Deus, será que poderia receber as honrarias de um mundo inimigo de Seu Pai?
Por que a cruz? Porque ela é a prova cabal que o ser humano, quer seja honesto ou depravado, não quer saber de Deus. Rejeita o Filho de Deus e O coloca na companhia de ladrões, renegados da sociedade.
Por que a cruz? Porque só ela pode dar uma idéia do horror que Deus tem em relação ao pecado. Devido à Sua justiça, Deus se viu obrigado a desamparar Seu próprio Filho amado, que suportou o nosso castigo a fim de poder nos conceder perdão.
Por que a cruz? Para que refulgisse tanto o amor de Cristo, que foi até o fim do sacrifício, como o amor de Deus, que permaneceu calado ante o maior ultraje que a humanidade poderia Lhe ter feito. Por meio da cruz se manifestou a imensidão da graça divina para a salvação de quem crê.
Sim, por que a cruz? Para que possamos decidir claramente pelo Senhor Jesus. Por amor, o crente pode se colocar ao lado do crucificado e aceitar o desprezo do mundo. 

Extraído do Devocional Boa Semente 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O TRABALHO


Maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.

No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra
(Gênesis 3:17,19).

Contrariamente à opinião de algumas pessoas sobre os versículos acima, o trabalho em si não é uma maldição. Ainda no paraíso, Adão deveria cultivar seu maravilhoso jardim (Gênesis 2:15). Porém, por causa do pecado, o esforço e o cansaço foram agregados ao trabalho, assim como a morte que põe fim aos nossos dias. Pouco importa se os homens inventaram métodos, fabricaram instrumentos, máquinas, robôs para realizar trabalhos mais elaborados com menos cansaço. O esforço e a preocupação mudam de lugar, mas não desaparecem. Os povos chamados civilizados, orgulhosos de seus êxitos tecnológicos, pagam com moedas de destruição as facilidades da tecnologia moderna. Por exemplo, a má utilização do tempo, o afã pela velocidade, o frenesi dos prazeres, a pressão pelo consumo, etc. Novas doenças surgem à medida que a ciência elimina ou controla outras.
Para muitas mães, trabalhar é uma obrigação, com todas as inevitáveis conseqüências para a vida familiar. Poucos podem afirmar que trabalham com alegria e com a mente livre.
O crente não escapa dessas conseqüências do pecado. Porém possui um segredo: pode fazer tudo, inclusive os trabalhos mais repetitivos e insignificantes, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberá do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, é que está servindo (Colossenses 3:23-24). 

Extraído do Devocional Boa Semente 2011