Disse então Maria:
A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador
(Lucas
1:46-47).
O coração de Maria
estava cheio de alegria, que se transformou em um hino de louvor. Na graça que
abundava em seu coração, ela reconheceu que Deus era seu Salvador, enquanto ao
mesmo tempo percebe e confessa sua pequenez. Qualquer que seja o instrumento a
quem Deus escolhe, como escolheu Maria, tal pessoa só é grande quando decide
ser pequena para que Deus apareça e receba a glória. Se quisesse entrar em
cena, Maria perderia seu lugar, mas não fez isso. Deus guardou seu coração para
que Sua graça fosse plenamente manifesta.
O caráter dos
pensamentos que transbordavam o coração de Maria nos faz lembrar a canção de
Ana em 1 Samuel 2, na qual a mãe de Samuel fala profeticamente da mesma
intervenção divina. Mas Maria volta às promessas feitas aos patriarcas e a todo
Israel. Após três meses com Isabel, ela voltou para sua casa, e humildemente
seguiu o próprio caminho, a fim de permitir que a vontade de Deus fosse
realizada. A conversa dessas duas santas mulheres constitui um dos relatos mais
bonitos das Escrituras. Nessa cena só há lugar para a graça e a piedade.
Quem deseja ser usado
por Deus precisa ter “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte” (Filipenses 2:5-8). Sem isso, por maior que seja o desígnio de Deus na vida de alguém,
não há galardão, nem recompensa, nem honra.
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